Apesar de não ser um feito náutico equiparável ao dos nossos descobridores, atendendo à pandemia vivida nos últimos tempos onde tudo se tornou imprevisível e impossível, atravessar meio mundo num veleiro (quando mal se sabe velejar) para regressar a casa – Portugal – pode despertar a atenção.
Em janeiro de 2020 viajei até à Nova Zelândia para realizar o desejo de trabalhar e atravessar até às ilhas do Pacífico e
em março juntei-me a uma família Neo-Zelandesa cujo plano era o de velejar até às Fiji, o que me deixava a caminho do meu destino.
Enquanto navegávamos pela ilha Norte, dias antes do confinamento, fizemos uma paragem numa marina. Aqui deparei-me com um veleiro diferente de todos aqueles que há tinha visto. O meu sexto sentido anunciou que não era a última vez que navegávamos as mesmas águas.
Em junho de 2020, após um confinamento e o encerramento total do país e das fronteiras das ilhas do Pacífico, era bastante difícil arranjar trabalho na Nova Zelândia –a prioridade era dada aos nacionais – e o risco de ser apanhada numa segunda vaga de COVID-19 em países de sistema de saúde precária levaram-me a tomar uma decisão radical:
Decidi tornar estas incertezas e notícias menos auspiciosas em ventos de popa. “Bom seria regressar a casa atravessando oceanos e criando uma nova aventura”, pensei.
A forma mais eficaz de tornar este sonho (muito improvável) real foi através de uma publicação numa página do Facebook
Em menos de um dia, fui contactada por um Capitão de um veleiro de 14 metros, o Destination que também desistiu do sonho de rumar até à Antártida, para voltar à Europa. Obra do destino, era exatamente o Capitão do mesmo barco que quatro meses antes tinha visto em Tauranga.
Um encontro para um café para me colocar a par de todos os detalhes e paragens - Austrália, Ilha da Reunião, Africa do Sul, Ilha de Santa Helena, Lanzarote, Açores e finalmente Suécia – desta viagem, foram suficientes para me convencer a saltar a bordo.
A viagem de 18000 milhas foi planeada com poucas paragens e todas elas estratégicas, com previsão de duração de quatro meses.
Acredito que esta epopeia possa inspirar a tirar o melhor partido de todas as situações. Confio que se consegue manter a esperança que bons ventos sopram a quem decide sair da sua zona de conforto, a quem se decide a arriscar e ir atrás dos seus sonhos e instintos, mesmo em tempos de pandemia!
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